segunda-feira, 22 de outubro de 2007

O Tratado de Methuen


Tratado assinado em 27 de Dezembro de 1703 entre Inglaterra e Portugal, pelo qual este ficava obrigado a abrir o seu mercado à importação de lã inglesa, tendo como contrapartida a exportação facilitada dos seus vinhos para Inglaterra. Embora tenha contribuído para a afirmação da produção vinícola em Portugal, condenou à destruição a incipiente indústria de lanifícios portuguesa. Vigorou até 1836.

Este artigo é o mais reduzido da história diplomática europeia, contendo apenas três artigos:


''Artigo 1º Sua Sagrada Majestade El-Rei de Portugal promete, tanto em próprio nome como dos seus sucessores, admitir para sempre daqui em diante no reino de Portugal os panos de lã e mais fábricas de lanifícios da Inglaterra, como era costume até o tempo que foram proibidos pelas leis, não obstante qualquer condição em contrário.''


''Artigo 2º É estipulado que Sua Sagrada e Real Majestade Britânica, em seu próprio nome, e no dos seus sucessores, será obrigada para sempre, daqui por diante, a admitir na Grã-Bretanha os vinhos do produto de Portugal, de sorte que em tempo algum (haja paz ou guerra entre os reis de Inglaterra e de França) não se poderá exigir de direitos de alfândega nestes vinhos, ou debaixo de qualquer outro título, directa ou indirectamente, ou sejam transportados para Inglaterra em pipas, tonéis ou qualquer outra vasilha que seja mais do que o que se costuma pedir para igual quantidade da medida de vinho de França, diminuindo ou abatendo uma terça parte do direito do costume. Porém, se em qualquer tempo esta dedução ou abatimento de direitos, será feito, como acima é declarado, for por qualquer modo infringido e prejudicado, Sua Sagrada Majestade Portuguesa poderá, justa e legitimamente, proibir os panos de lã e todas as demais fábricas de lanifícios de Inglaterra.''


''Artigo 3º Os Exmos. Senhores Plenipotenciários prometem, e tomam sobre si, que seus amos acima mencionados ratificarão esta tratado e que dentro do termo de dois meses se passarão as ratificações.''
Trabalho realizado por :
Andreia Margarida Ribeiro 11ºC nº6

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Revolução Gloriosa


Em 1603,
* a Rainha Isabel I morreu sem descendentes, sucedendo-lhe o seu primo Jaime I que, como não tinha muito conhecimento do país nem tinha muita habilidade política, nunca conseguiu harmonizar o seu governo e o seu poder com a instituição parlamentar
* esta malquerença entre o rei e o Parlamento agudizou-se mais tarde no reinado de Carlos I, filho de Jaime I

Em 1628,
* por causa das ilegalidades fiscais e judiciais cometidas, Carlos I foi obrigado pelo Parlamento a assinar a “Petição dos Direitos”, que limitou o poder do rei porque este não podia proceder a prisões arbitrárias nem arrecadar impostos sem o consentimento da população inglesa

Em 1642,
* eclodiu uma guerra civil porque Carlos I não respeitou a “Petição dos Direitos” e dissolveu o Parlamento

Em 1649,
* sob influência de Cromwell, o Parlamento condenou Carlos I ao cadafalso, portanto, o rei foi executado
* foi abolida a Monarquia e instaurada a República; Cromwell encerrou o Parlamento e iniciou um governo passoal e repressivo

Em 1658,
* Cromwell morreu e sucedeu-lhe o filho, Richard, que acaba por ser afastado
* foi restaurada a monarquia na pessoa de Carlos II, filho de Carlos I, que foi obrigado a dar concessões que reitaram as liberdades individuais, como o “Habeas corpus”, lei que impede prisões arbitrárias
* mais tarde, o reinado de Carlos II terminou, sucedendo-lhe o seu irmão, Jaime II. Este, católico e autoritário, depressa desagradou aos ingleses que acabaram por conspirar no sentido de chamar ao governo de Inglaterra o genro de Jaime II, Guilherme de Orange
* Guilherme de Orange desembarcou em Inglaterra à frente de um exército, provocando, assim, uma segunda revolução, a “Revolução Gloriosa”, que contribui para a consolidação do regime parlamentar inglês

Em 1689,
* Maria e Guilherme de Orange foram coroados e juraram respeitar os princípios consagrados na “Declaração dos Direitos”, que limitavam o poder real

Em 1695,
* estes princípios foram reforçados com a abolição da censura e o direito de livre reunião

Em 1701,
* acrescentou-se ao Parlamento o direito de regular a sucessão reservando o trono a príncipes protestantes

Concluindo, o poder do rei tinha, agora, um contraponto no poder dos súbditos, representado pelo Parlamento.


Trabalho Realizado por:
Ana Maria Duarte nº3
Ana Rita Carvalho nº5
Hélder Dias nº7
Sandrina Costa nº15

16-Out-2007

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

John Locke - Sua Contribuição para a Educação

John Locke
(1632-1704)


Locke nasceu em 1632, na localidade de Wrington,perto de Bristol (Inglaterra). A Grã-Bretanha, como muitos outros países europeus, vivia então mergulhada em profundas convulsões políticas, neste caso entre parlamentaristas e absolutistas, mas também entre católicos e protestantes (puritanos, anglicanos, etc) e estes últimos entre si.

A situação agravara-se desde 1603, quando subiu ao trono Jaime I, que se proclamou um rei absoluto por direito divino, fazendo sua a divisa: A deo rex, a rege lex ("o rei provém de Deus e do rei provém a lei"). O rei colocava-se assim acima das leis, sendo o Estado sua propriedade pessoal. Teve contra si os defensores de um regime parlamentar e das várias correntes religiosas. Em 1625 subiu ao trono, Carlos I, que continuou a reafirmar o seu poder absoluto, secundarizando o Parlamento. Os conflitos entre o rei e o Parlamento tornaram-se inconciliáveis. O pai de Locke, advogado de província, era um dos defensores da causa do Parlamento. Os conflitos religiosos faziam nesta altura milhares vítimas na Inglaterra, Escócia e Irlanda. A Guerra Civil acabou por eclodir, em 1642. Oito anos depois Carlos I era decapitado, sendo proclamada uma República que durou até 1660.

É neste contexto que, em 1646, Locke foi enviado para Westminster Scool, uma das melhores escolas inglesas do tempo. Estudou depois na Universidade de Oxford, onde se dedica aos estudos sobre medicina, passando a colaborar com o médico Thomas Sydenham nas suas pesquisas. Em Oxford também conheceu o químico Robert Boyle, percursor da teoria dos elementos químicos.

Em 1660, a monarquia absoluta era restaurada na Grã-Bretanha, com Carlos II. A revolta continuou. Locke, em 1667, torna-se médico particular e colaborador político de lorde Asley, conde de Shaftesbury, lider da oposição ao rei. Quando este se vê forçado a fugir para a Holanda, Locke acompanha-o. Tendo permanecido neste país entre 1683 e 1688. É neste período de exílio que conclui a sua obra mais conhecida: - Ensaio sobre o Entendimento Humano.

Entretanto, na Grã-Bretanha, Jaime II, em 1685, sucede ao seu irmão Carlos II no trono, prosseguindo a mesma política absolutista, marcada pela intolerância religiosa. Não durou muito, em 1688, o povo revolta-se e o rei tem que se refugiar em França. Sobe então ao trono da Grã-Bretanha um holandês- Guilherme d`Orange - que governou este país entre 1689 e 1702. No mesmo barco o que trouxe para Inglaterra vinha também John Locke. O parlamentarismo triunfara, assim como certas concepções de tolerância religiosa advogadas por este filósofo.


Obras: Carta sobre a Tolerância (1689), Dois Tratados sobre o Governo Civil (1690); Ensaio sobre o Entendimento Humano (1690),Alguns Conceitos sobre Educação (1693), Cristianismo Racional (1695),

Carlos Fontes, in: http://afilosofia.no.sapo.pt/12locke.htm

Lucky Man - " To Kill A King"


"Matar o Rei" [execução de Carlos I - Londres, 1649]


"MATAR O REI"
Realizador: Mike Barker
Intérpretes: Tim Roth, Dougray Scott, Rupert Everett, Olivia Williams, James Bolam, Corin Redgrave
Grã-Bretanha/Alemanha, 2003
Estreia: 18 de Julho de 2003


SINOPSE

Inglaterra, 1645. Depois de três anos de Guerra Civil, a vitória está do lado dos Puritanos, que destronaram o Rei Carlos I e venceram a sua batalha contra a corrupção.

Dois heróis emergiram da guerra - os chefes do novo exército, Lord General Thomas Fairfax (Dougray Scott) e o seu leal seguidor General Oliver Cromwell (Tim Roth).

A guerra pode ter sido ganha, mas a sua missão agora é unir e reformar a nação. Os seus laços de amizade podem ser fortes, mas o grande teste ainda está para chegar. Como membro da aristocracia, Fairfax deseja reformas moderadas na monarquia, mas Cromwell tem outras ideias...

terça-feira, 9 de outubro de 2007

22 de Outubro - Dia Mundial das Bibliotecas


Actividade dirigida à Turma C do 11º Ano

O dia 22 de Outubro é o "Dia Mundial das Bibliotecas".


O que vos propomos é que postem sobre o que gostariam de ver melhorado na Biblioteca da nossa Escola. Colaborem!

Bons posts,
Directora de Turma

O Palácio Nacional de Mafra e a "encenação do Poder"


O Palácio Nacional de Mafra, um dos mais imponentes monumentos de Portugal, símbolo do reinado absolutista de D. João V, supreende o olhar do visitante pela projecção que alcança na paisagem.

«Memorial do Convento é um dos mais populares romances de José Saramago. Publicado em 1982 a acção decorre no início do século do século XVIII, mais propriamente durante o reinado de D. João V. Este rei absolutista gozou da enorme quantidade de ouro e diamantes vindo do Brasil e mandou construir um célebre convento na localidade de Mafra, em resultado de uma promessa que fez para garantir a existência de herdeiro.»

Animações no Palácio Nacional de Mafra

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A encenação do poder


«Enganam-se grosseiramente aqueles que pensam que [as regras da etiqueta] não passam de questões de cerimónia. Os povos sobre os quais reinamos, não podendo penetrar no âmago das coisas, fazem os seus juízos pelo que vêem de fora e é quase sempre a partir das precedências e das posições hierárquicas que medem o seu respeito e obediência. Como é importante para o público ser governado por uma só pessoa, também é importante para ele que aquele que desempenha essa função esteja de tal modo acima dos outros que ninguém se possa confundir ou comparar com ele e não se pode, sem lesar todo o corpo do Estado, retirar à sua cabeça os sinais de superioridade, e mesmo os mais ínfimos, que a distinguem dos seus membros.»
Luís XIV, Memórias (adaptado)

- O que significa a expressão "encenação do poder" no contexto do absolutismo régio do século XVIII?
- Como podemos relacionar a imagem com a "encenação do poder"?


Bem-vindos!



Este Blog tem como objectivo incentivar os alunos a desenvolver as suas competências no âmbito da disciplina de História, do 11ºC.